Saúde mental é presença, não perfeição

Cuidar da saúde mental não é estar sempre bem, mas estar cada vez mais inteira — e presente.

2/1/20251 min read

Durante muito tempo, falar sobre saúde mental era quase um tabu. E quando se falava, era quase sempre em tom de urgência, ligado ao sofrimento, ao adoecimento, à crise. Ainda hoje, muita gente acredita que cuidar da saúde mental é algo reservado para quem “não está bem”.

  • Mas saúde mental não é um ponto de chegada.

  • Não é estar sempre feliz, motivado, produtivo e confiante.

  • Não é se livrar do medo, da tristeza, da raiva ou da dor.

Saúde mental é presença.

É a capacidade de estar em contato com o que se sente, com o que se pensa, com o que se vive: mesmo quando isso não é confortável. Poder nomear as emoções, fazer pausas, pedir ajuda, construir escolhas mais conscientes e cuidar da própria história com delicadeza. Cuidar da saúde mental é cuidar da qualidade de vida.

E qualidade de vida não está nos padrões prontos, mas na coerência entre o que se vive e o que se deseja viver.

Está em criar espaço para o afeto, para a escuta, para a autorresponsabilidade e para o descanso.

Está em poder habitar o próprio corpo, o próprio tempo, o próprio ritmo.

Na prática, isso pode significar coisas simples:

  • Dizer não sem culpa.

  • Comer com calma.

  • Pedir colo.

  • Fazer silêncio.

  • Escrever sobre o que sente.

  • Dormir um pouco mais.

  • Reconhecer limites.

  • Procurar ajuda profissional.

Cuidar da saúde mental não é evitar o sofrimento a qualquer custo.

É desenvolver recursos para lidar com ele quando ele aparecer, saber que sentir não é sinal de fraqueza — é sinal de humanidade. E talvez o primeiro passo seja esse: parar de buscar a perfeição emocional. Aceitar que dias bons e ruins se misturam, que o equilíbrio é dinâmico, e que a vida, quando é real, é imperfeita — mas ainda assim bonita.